O assassinato do pedreiro Elbsson Sérgio Gomes de Abreu, 61 anos, deixou de luto o tradicionalismo em Santa Maria. Frequentador assíduo do grupo de cavalgadas do CTG Poncho Branco, a vítima receberá uma homenagem hoje.
Às 16h, cavaleiros sairão da entidade, onde está ocorrendo o velório de Abreu, rumo ao Cemitério Ecumênico Municipal, onde ocorre o enterro, uma hora depois. À frente do grupo, estará o cavalo que pertencia ao pedreiro, cavalgando sozinho entre os ex-companheiros.
_ Levamos um susto com a notícia da morte. Ele era uma pessoa carismática e tinha uma relação muito próxima com o CTG. As duas filhas dele participavam da nossa invernada artística, e ele era do grupo de cavalgada. Ele vivia rodeado de crianças, sempre ensinando alguma coisa sobre os cavalos _ recorda a patroa do CTG, Ione Schmith, lembrando que Abreu era criador de cavalos.
Abreu morava no bairro Itararé, na Rua Canário, a cerca de 50 metros do local onde foi assassinado, na noite de segunda-feira, com tiros no peito. Ele tinha saído de casa para buscar a filha, de 11 anos, que estava ensaiando no CTG. No retorno, deu carona para uma colega da menina, da mesma idade. As duas estavam no carro e presenciaram tudo.
Casado pela segunda vez, Abreu tinha 4 filhos: dois do primeiro casamento e duas meninas, de 7 e 11 anos, do segundo. Conforme os vizinhos, era uma pessoa tranquila se se dava bem com todos na rua. A vizinha Maria Elizabetti Bopp, que confessou ter atirado nele, morava na mesma rua, mas não ao lado da casa. Familiares contam que a rixa que motivou o crime é originária de uma briga antiga entre o enteado de Abreu e um dos filhos da suspeita. Segundo os moradores, um irmão da suspeita teria ido até a casa de Abreu durante a semana passada alertando que Maria Elizabetti teria comprado uma arma e tinha intenção de matá-lo. A mulher de Abreu relatou que, nos últimos tempos, quatro ocorrências de ameaça foram registradas na polícia contra a vizinha.
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